domingo, 30 de maio de 2010

O Setor de Tecnologia da Informação e Comunicação no Brasil

IBGE divulga estudo inédito sobre setor de Tecnologia da Informação e Comunicação no país

Em 2006, as 65.754 empresas brasileiras do setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) obtiveram receita líquida de R$ 205,9 bilhões e geraram R$ 82,1 bilhões (valor adicionado e valor da transformação industrial), o que representava, naquele ano, 8,3% do valor total produzido pela indústria, comércio e serviços. Embora essa seja uma participação significativa, houve perda gradativa de peso do setor TIC, que havia sido de 8,9% em 2003, principalmente em razão da redução no ritmo de crescimento do segmento de telecomunicações.

O setor TIC é altamente concentrado, com 76,1% do valor gerado nas empresas com 250 ou mais pessoas ocupadas. Em contrapartida, as micro e pequenas empresas têm papel importante na geração de postos de trabalho. A região Sudeste concentrava, em 2006, 65,0% do valor gerado pelo setor TIC, que tinha 95,6% de suas empresas e 71,1% das pessoas ocupadas nas atividades de serviços.

Outra característica do setor TIC é a elevada remuneração, com média salarial de R$ 2.025,18, em 2006, contra R$ 937,48 do total de atividades industriais, comerciais e de serviços. Mais uma vez, nesse caso, as telecomunicações se destacam, com média salarial de R$ 3.315,26.

Essas são algumas das informações levantadas pelo IBGE neste estudo inédito do setor de Tecnologia da Informação e Comunicação. O estudo analisou o setor TIC pelo lado da oferta, nos anos de 2003 a 2006, e foi realizado a partir dos resultados das pesquisas econômicas anuais do IBGE da indústria, do comércio e dos serviços e de informações da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

No capítulo de produtos e serviços TIC, o estudo mostra o crescimento na participação do setor de telecomunicações sem fio (34,1% para 43,2%), enquanto telecomunicações por fio perdeu participação (de 60,3% para 50,7%), no período 2003-2006. Constatou, ainda, aumento de 8,5% para 13,6% na participação das chamadas geradas em telefones públicos (na receita da telefonia fixo-fixo). E, ainda redução de 8,9% para 5,1% na participação da receita das chamadas internacionais, em decorrência de alternativas disponíveis na Internet para comunicação à distância.


Fonte: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1344&id_pagina=1

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